Eleições estão agendadas para 18 e 19 de março
O advogado e presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados é candidato a bastonário nas eleições de março, para devolver credibilidade à instituição e para que esta seja “parte da solução e não dos problemas”.
A candidatura, anunciada esta quinta-feira em comunicado, tem por lema “Devolver a Ordem aos Advogados” e remete para janeiro a apresentação do seu programa “com a materialização dos valores” que a motivaram e “propostas concretas”.
O presidente do CRL assenta a sua candidatura em três valores: proximidade, defendendo uma urgência na aproximação da Ordem dos Advogados (OA) aos profissionais; inclusão, defendendo uma instituição “para todos” e “sem divisões”; e representatividade, “porque é urgente recuperar o papel da Ordem como parte da solução e não dos problemas”.
“João Massano assume esta candidatura a bastonário, porque acredita que há outro caminho – um caminho melhor – para a Ordem dos Advogados. Um rumo que permita devolvê-la ao seu posicionamento original, de instituição que tem competências fundamentais” na defesa do Estado de Direito e de administração da justiça, de representação da profissão, promoção do acesso ao conhecimento e aplicação do Direito, e participação no processo legislativo relativo ao exercício da advocacia.
João Massano afirma em comunicado que “acredita que, nos últimos anos, estas competências têm sido descuradas, com efeitos perniciosos para a credibilidade da Ordem e para a reputação da advocacia e de todos os advogados”, um “posicionamento que considera errado” e que tem como consequências um “clima de desunião e mal-estar na classe”, que afasta os advogados da participação na vida OA e “uma erosão da reputação e da notoriedade da Ordem”, que fecha portas a contributos da instituição.
No comunicado, João Massano afirma ainda que a importância que a candidatura a bastonário assume para si neste momento se sobrepõe ao cargo que desempenha no CRL, tendo desaparecido a “divisão emocional” que sentia entre os dois projetos, afirmando que “uma candidatura que devolva a Ordem à advocacia e aos advogados é mais importante”.